A Lapa do Castelo dos Mouros, situa-se nos calcários do Jurássico no monte de Alvide ou Olivide, na encosta norte da Serra da Arrábida, pensa-se que seja do conhecimento das gentes locais desde sempre. Existe uma referência ao local feita por Joaquim Rasteiro no Arqueólogo Português de 1897:

" ... na vertente septetrional da serra da Arrábida há um monte chamado de Alivide ou Olivide. Parece de uma só pedra, é nu, alveja ao longe como lençol gigante estendido na serra. É mais vulgarmente conhecido por Castello dos Mouros, ou Jugo dos Mouros, de umas construcções cyclopicas, que no monte existem, e apresentam toda a rudez dos tempos prehistoricos"

Do ponto de vista espeleológico, trata-se de uma cavidade cársica de formação tectónica aberta na base do paredão, junto do acesso Nascente do recinto fortificado do Castelo dos Mouros é constituída por uma sala com cerca de 6 metros de comprimento, que comunica por uma passagem estreita com uma outra sala num piso inferior com cerca de 5 metros de largura por 2 metros de altura.

Em 2011/12 foi visitada pelos elementos da CAS - Carta Arqueológica de Setúbal, que fizeram o respectivo levantamento topográfico.

Possível interesse arqueológico, uma vez que se encontra inserida no povoado do Bronze do Castelo dos Mouros e pelo facto da presença de fragmentos de cerâmica recolhidos nas proximidades, “ fragmentos de cerâmica atribuíveis ao Bronze Final, mas desprovido de ornatos brunidos” (Silva e Soares, 1986; Ferreira et al., 1993).

Entrada da Lapa                                                      Sala no interior

Texto: Orlando Pinto, 2014

  Castelo dos Mouros: fragmento de cerâmica manual - bordo simples (foto de R. Soares) 

  Castelo dos Mouros: fragmento de cerâmica manual - fundo plano (foto de R. Soares).